sexta-feira, 24 de abril de 2015

Tapas é uma palavra sânscrita que deriva de tap, que significa “tornar-se ardente”. O termo usado para dizer chama ou brilho, tejas, vem da mesma raiz. Ou seja: na palavra tapas temos embutida as ideias de luz, calor, fogo ou radiância, símbolos que nos lembram a importância da motivação ao realizar quaisquer ações. Tapas é o terceiro preceito de conduta dos niyamas, o segundo grupo de recomendações dadas pelo sábio Patañjali no Yoga Sutra. Embora possamos de fato traduzir tapas corretamente como disciplina ou austeridade, uma tradução mais exata seria “esforço sobre si mesmo”.
Tapas é perceber as limitações provocadas por crenças ou hábitos mecânicos – as tais “fraquezas” mencionadas no título, e ser capaz de crescer através delas. No entanto, ao invés de olhar para essas limitações como um monstro de sete cabeças, posso ver a possibilidade do crescimento como um jogo.
Essa mudança de perspectiva me leva a ter uma atitude mais afirmativa, mais leve e menos solene em relação ao que significa auto-superação, já que não vejo a disciplina como uma tábua de salvação, nem os obstáculos a serem superados como forças superiores às minhas próprias.
Praticar tapas, nesse contexto, torna-se uma atividade estimulante e desafiadora, independentemente do tipo de prática que estivermos fazendo, pois nasce da motivação e do foco no objetivo primordial, que é a possibilidade de conhecer a si mesmo como alguém livre de quaisquer limitações e, portanto, pleno e feliz. (Pedro Kupfer - yoga.pro.br)

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